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domingo, 15 de março de 2009

A Borboleta Pequena


A Borboleta era muito pequena e toda a gente gozava com ela. Estava sempre a chorar, mas, a Joana que era a sua melhor amiga dizia:
- Não chores! Assim também eu choro!
Então a pequenita calou-se e a sua amiga ficou muito feliz. Perguntou-lhe se queria brincar com ela às bonecas.
- Está bem, vamos brincar.
A Joana foi a casa buscar as bonecas e a mãe perguntou-lhe:
- Onde vais com as bonecas?
- Vou brincar com a Pequena Borboleta.
- Vê lá, não lhes partas as cabeças!
- Nem penses nisso mãe!
Quando chegou, já a amiga estava impaciente de tanto esperar.
- Demoraste tanto, o que aconteceu?
- Estive a conversar com a minha mãe. Sabes, as mães estão sempre a fazer perguntas.
Brincaram muito e como já estava a ficar tarde a Joana perguntou:
- Queres vir lanchar a minha casa?
- Eu não quero dar trabalho.
Tu não dás trabalho nenhum porque tu és uma borboleta pequena, é por isso que não dás trabalho.
- Vou perguntar à minha mãe se me deixa.
A mãe quis saber quem era a amiga, fez muitas perguntas e recomendou-lhe que se portasse bem.
A Joana já estava cansada de esperar.
- Pensei que nunca mais vinhas.
- Sabes, é que a minha mãe é muito chatinha, deve ser um bocado parecida com a tua e se calhar são todas assim.
Quando chegaram a casa, sentiram um cheirinho muito bom. Era um apetitoso bolo que estava a sair do forno.
- Mãe, olha quem eu trouxe para lanchar.
- Que linda borboleta! Onde arranjaste essas cores?
- Foi a minha mãe que me pintou, com a ajuda do meu pai que é um grande artista.
Comeram com apetite e foram para o jardim. Andaram de baloiço, de escorrega, mas, a certa altura, a Joana caiu e teve de ir para o hospital. A Pequena Borboleta foi a correr, a correr não, a voar, chamar a mãe da amiga e foram todas para o hospital muito aflitas. O médico tentou acalmá-las e ainda bem que conseguiu, se não ia ser uma grande choradeira.
- É só um pé torcido, mas vais ter de usar muletas durante uns dias.
- Muletas não quero!
- Tem de ser - disse o médico.
- Tem de ser – disse a mãe.
- Tem de ser – disse a Pequena Borboleta.
E lá se convenceu a Joana, que não tinha outro remédio.
A Pequena Borboleta, passava a maior parte do tempo com a amiga. Fazia-lhe cócegas, trazia-lhe o perfume das flores e contava-lhe lindas histórias. Aquelas que só as borboletas conhecem.

Beatriz Sá Teixeira – 3º I
Escola Básica nº 1 de Esposende, Fevereiro 2008/09 Concurso “Uma Aventura” Editorial Caminho

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